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Bruno Maçães, anterior secretário de estado dos assuntos europeus, célebre pela figurinha e pelos disparates que durante quatro longos anos foi debitando no twitter, quase invariavelmente numa espécie de inglês para mais acentuar a vergonha alheia, por lá continua. A imagem acima é a informação de perfil que iria encontrar alguém que hoje, 28 de novembro, acedesse à sua conta. Não faço ideia se não a alterará em breve; é perfeitamente possível (depois de bloquear umas dezenas de outros utilizadores daquela rede social, como é hábito). Mas por enquanto lá está.
O sublinhado é meu; o resto é dele.
E o resto é o homenzinho, que nunca passou de secretário de estado, a tentar alcandorar-se à condição de "ex-ministro da Europa." Duvida-se imediatamente do resto da bio, não é?
A fraude é mesmo, para esta direita, um modo de vida.
Esta imagem que aqui veem é o título de um comunicado de imprensa emitido pelo Partido Popular Europeu. Traduzindo, para quem não perceba ingês a 100%, fica assim:
Ataques de Paris: terroristas votariam alegremente na esquerda
Ou seja, o que aqui temos é a extrema direita europeia a que o PSD e o CDS pertencem, sem pingo de vergonha na cara, a aproveitar-se de ataques terroristas para caluniar a esquerda.
E sim, falo conscientemente em extrema direita. Só a extrema direita desceria tão baixo. Uma direita minimamente civilizada manteria um certo nível de decência. Mas esta extrema direita que descende do antigo centro-direita europeu está muito longe de ser civilizada. É a extrema direita com a ideologia e os métodos do senhor Victor Orbán, o tal que instaurou na Hungria um regime que de democrático já só tem a fachada, e cujo partido, não por acaso ou acidente, também pertence ao PPE.
Aprendamos.
E preparemo-nos para o que aí vem. É que não só são estes os ventos que sopram da direita europeia, como eles andam entre nós, agora cheios de vontade de dar um golpe constitucional.
E pelo andar da carruagem as coisas só tendem a piorar.
Muitos motivos haverá, decerto, para tecer rasgados elogios à liberdade de expressão, mas por hoje basta este:
Como, caso não houvesse liberdade de expressão, poderíamos nós conhecer quem é e o que pensa o mentor ideológico de uma figura da nação, tão alta que foi, à semelhança do nosso adorado e atual primeiro-ministro, presidente da juventude social-democrata, que é hoje, de novo à semelhança do que o insigne Passos (o Coelho) foi em tempos, deputado da nação eleito em listas desse glorioso partido que tantas vezes se reduz à sigla PSD apesar de ainda haver quem não se esqueça de que foi em dias pretéritos PPD, e que responde pelo nome de Duarte Marques, apesar de tantos outros, decerto gente sem moral alguma e com piores costumes, preferirem chamá-lo por outros nomes, pelos quais ele, naturalmente, não responde?
Como, pois, como?
Não conheceríamos, está bem de ver. E assim ficaríamos privados de ficar a saber, precisamente e com detalhes, que tipo de altos pensamentos inspiram os deputados do partido que nos governa, o que seria, a todos os títulos, deplorável.
Unamo-nos, pois, todos num viva coletivo a essa tão bela liberdade! Viva ela!