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Quinta-feira, 19.03.15

O tratado orçamental enquanto quadratura do círculo

Há dias, o Ricardo Paes Mamede publicou no Ladrões de Bicicletas um artigo em que afirma que o FMI matou o tratado orçamental. A base para a afirmação é uma tabela em que sumariza as previsões feitas pelo fundo para a evolução da dívida pública em percentagem de PIB, que nem por uma vez respeita uma regra do tratado, que determina que sempre que um país tem a dívida acima dos 60% do PIB deve reduzi-la, em média, um vigésimo por ano, ou seja, 5%. Essa regra está no artigo 4º do tratado.

Ora, eu acho que o Ricardo Paes Mamede tem toda a razão, mas não vejo nisto grande novidade. Que o FMI assuma aquilo que toda a gente já sabe há muito, ou seja, que o tratado orçamental é completamente absurdo e impossível de cumprir, será só mais um episódio dos lampejos de lucidez que volta e meia atacam alguns técnicos do Fundo, enquanto outros técnicos do mesmo Fundo continuam a parecer só conseguir responder com a palavra "austeridade" a seja qual for a pergunta que se lhes faz.

(— Quer um cafezinho? — pergunta, solícita, a Maria Luiz.

— Austeridade! — responde, austeritário, Subir Lall.)

Mas isto não é a morte do tratado orçamental. Limita-se a ser a assunção do nosso não cumprimento.

Ora, o não cumprimento acarreta a possibilidade (e, tendo-se transformado a "União" Europeia na coisa em que se transformou, a quase certeza, diria eu) de sanções, que podem chegar a 0,1% do PIB. Todos os anos.

Parece pouco, 0,1%?

Pois, mas são quase 200 milhões de euros. Todos os anos.

O que vale é que a segurança social já não é viável porque é gerida com os pés. Imaginem se fosse e lhe fossem tirados 200 milhões de euros todos os anos por causa de uma multa pelo não cumprimento de um tratado tão estúpido que até o FMI já percebeu que é impossível cumprir. Deixava de ser, certo?

E é por estas e por outras que eu não entendo como é possível que alguém proponha políticas keynesianas (que são absolutamente fundamentais, não só em Portugal mas em toda a Europa) sem ao mesmo tempo pôr em causa esta aberração orçamental europeia que, numa palavra, as proíbe.

É das tais coisas que não me conseguem entrar na cabeça nem a martelo.

Devo ser muito parvo.

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por Jorge Candeias às 20:35

Quinta-feira, 19.03.15

Sobre a cobardia política e o apêgo ao pote.....:(ou do que é feita a governação no nosso país)

O governo cria uma lista VIP de contribuintes, provavelmente para blindagem, a coisa descobre-se e é denunciada pelo sindicato, primeiro desmente-se, depois quando a Procuradoria se prepara para investigar, demite-se o director dos impostos......

Será que em termos futebolísticos, quando uma equipa joga mal e tem péssimos resultados se demite o massagista??????!!!!!!!  

Nunca ví na democracia portuguesa tanta cobardia política nem tanto apêgo ao pote, como neste governo......... que está na proporção inversa da competência e dos bons atributos...........resultado de "uma maioria, um governo, um presidente"........e da ausência de quaisquer qualidades e princípios, éticos, morais, políticos, ....a direita lacaia do capital no seu pior.....

 

Urge refundar a democracia e repôr os valores republicanos da justiça, da ética e da moral.........o socialismo.

 

Francisco Colaço

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por Francisco Colaço às 20:11

Quinta-feira, 19.03.15

Teremos futuro na Europa????????

Se esta Europa persiste em ser a Europa da austeridade, da miséria, do desemprego, da selva capitalista, e pretende subjugar os povos do sul da Europa, favorecendo elites mercenárias e delinquentes, para conseguir os seus intentos, então esta não é a Europa que nos serve e o caminho é a saída.........outras convergências civilizacionais serão possíveis e sempre temos a possibilidade de uma comunidade económica com os Palop's e outros estados do sul da Europa.....assim é que não vamos a lado nenhum.....fomos vítimas de uma maquinação financeira mundial e seguimos vítimas do emergente imperialismo alemão.......Não, não nos serve esta Europa, nem este Euro, se não for invertida a estratégia europeia de esmagar a vida dos europeus do sul......então teremos de, fazendo internamente a justiça necessária, buscar novos paradigmas e novos horizontes...............

 

Francisco Colaço

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por Francisco Colaço às 20:07

Quinta-feira, 19.03.15

"Vocês são jovens, multipliquem-se".

"Vocês são jovens, multipliquem-se".

 

Ora, claro, e vão viver para debaixo da ponte, os que tiverem mais sorte num quarto na casa dos pais e ponham os meninos a trabalhar cedo, que o trabalho educa, saber ler, escrever e contar e ala que se faz tarde, a fazer-se pela vida.


Assim era quando os vossos pais eram jovens, tudo muito humilde, feliz e bem comportado. O tempo da casinha portuguesa, pão e vinho sobre a mesa, da alegria no trabalho, dos serões para trabalhadores.

Que saudades, que saudades, gente bem comportada, os que se portavam mal tinham o castigo merecido, claro, sem alardear grandemente, para não gerar revoltas...
E  tudo se acalmava, sem retorquir, nem contrariar as ordens dos governantes, esses sim, esclarecidos e educados para o superior interesse da nação.


Ora pois e neste caminho vamos, "temos os cofres cheios" , diz a senhora "ministra da fazenda", tal como dizia o outro que um dia caiu da cadeira.
O país está bem, o povo é que não.

 

Assim falava ela, até que rematou , " sobre o Varoufakis não sinto nada".
Aí é que eu me preocupei a sério. Está morta e ainda não deu conta.

 

jorgete

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por jorgete às 20:02
editado por Jorge Candeias às 21:16

Quinta-feira, 19.03.15

De cofres cheios... e bolsos vazios...

Momento lúdico, encerramento das jornadas da JSD, Maria Luís Albuquerque: "temos os cofres cheios".

 

É uma daquelas frases despudoradas que chocam de frente com a realidade do aumento da pobreza e do mal-estar social que sentimos entranhando-se em todos os poros do corpo.

 

Preferi, de longe, o segundo momento lúdico, quando a ministra nos diz, "Vão-se multiplicar!".

 

É menos educado, mas sempre é mais honesto... pois não tem feito ela outra coisa que multiplicar os portugueses. Multiplica os desempregados, multiplica os emigrados, multiplica os desamparados...

 

O Botas também tinha cofres cheios e um país de terceiro mundo.

 

Os cofres da Maria, são ainda assim, um bocadinho piores, em lugar de barras de ouro e divisas, tem por lá umas notas de crédito.

Temos os cofres cheios de dívida (225.885.000.000€ IGCP:Jan 2015) e os bolsos vazios.

 

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por Ricardo Gonçalves às 17:09


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